Ouça na íntegra a entrevista de Samir Rahme com Arrigo Barnabé na Rádio Cultura FM de São Paulo.
Assista a um trecho da apresentação da Orquestra do Limiar no SESC Santo Amaro, na ocasião do lançamento do novo disco Mosaico Brasileiro.
Um palhinha de uma apresentação do projeto Música nos Hospitais em 2012.
https://www.youtube.com/watch?v=2YoB-SOZq5I
Bem-vindo ao novo site da Orquestra do Limiar!
Compositor: Beetholven Cunha
Obra: Entre a Muganga e a Cangalha (2012)
Orquestra do Limiar
Regência: Samir Wady Rahme
Local: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
Dia: 31 de outubro de 2012
Músicos: SPALLA: Marcos Schefel/ 1º Violino: Kleberson Buzo, Gabriel Gorun, Marcela Venditti, Luiz Gustavo Nascimento/ 2°violino: Daniel Moreira, Wassi Carneiro, Luiz Carlos Barrionuevo, Gabriel Fogo. / Viola: Everton de Souza e Rafael Martinez./ Cello: Leonardo Tenório e Renato de Sá./ Baixo: Paulo Brucoli.
Apoio: Lei de Incentivo a Cultura Ministério da Cultura/ Patrocínio: SANOFI/ Realização: APM e AMB.
No sábado 28 de julho de 2012, estivemos no SESC Santana representando o trabalho desenvolvido no projeto “Música nos Hospitais” durante esses 9 anos.
Tendo como mediadora a experiente jornalista Fabíola Cidral, o debate se manteve em torno do acesso à atenção básica, gestão e financiamento da saúde.
Nossa intervenção, além de divulgar o trabalho e o nosso primeiro CD, destacou os aspectos sensíveis que estão por trás do levar música para o ambiente hospitalar.
Tivemos a liberdade de falar sobre como os pacientes recebem a música como medicamento para a alma, que é o âmbito onde as experiências mais íntimas tem seu palco.
Pudemos intervir também na questão da formação médica atual que não contempla uma maior sensibilização dos estudantes visando ampliar a percepção de si e do paciente.
Nossa participação contou com a atuação sonora do quarteto do Limiar formado por Gabriel Gorun e Luis Gustavo Nascimento nos violinos, Sarah Nascimento na viola e Pedro Bevilacqua ao violoncelo.
Esperamos poder participar em outros eventos semelhantes, ajudando a levar sensibilidade e humanização através da música onde for necessário.
Samir Rahme
É com enorme satisfação que a Orquestra do Limiar lança o seu primeiro CD, gravado no final de 2011, com o título “ORQUESTRA DO LIMIAR APRESENTA COMPOSITORES BRASILEIROS”.
Ao longo dos últimos 9 anos o maestro comissionou músicas à compositores do Brasil para orquestra de cordas e conseguiu reunir o material para produzir este belo CD.
Está disponível para compra na Loja Clássicos na Sala São Paulo ou na internet.
Confira as faixas:
1. Peixeira – Samir Wady Rahme
2 -5. Pequena Serenata para Cordas – Edmundo Villani-Cortes
6. Cantiga – Clóvis Pereira
7. Ponteio e Dança – Ronaldo Miranda
8 – 10. Introdução, Quase Serenata e Choro – Ernani Aguiar
11. Gabriela – Felipe Senna
12. Mourão Opus 2 – Clóvis Pereira
13. Abertura em Forma de Dança – Sergio Di Sabbato
14. Meditativo I – Samir Wady Rahme
Heitor Villa-Lobos merece ser comemorado por tudo que fez.
Se vivesse hoje, ganharia o diagnóstico de criança hiperativa, mas conseguiu ao longo de sua vida transformar toda a agitação em produção musical.
Ao ouvir os discursos que fez em várias ocasiões, o que salta aos ouvidos é o compromisso não com uma intelectualidade que quer impor sua forma de pensar, mas sim com uma vontade ferrenha de, através da música, contribuir para a educação de todo um país. No seu tempo, incrementou o estudo da música nas escolas públicas, escrevendo peças exclusivas para o canto coletivo (Canto Orfeônico). Fez apresentações públicas no Rio de Janeiro com Corais Gigantes em estádios de futebol.
Não era um megalomaníaco. Era um obstinado em fazer música. Tinha um canal aberto com O Deus Apolo bem dentro de seu ouvido. Por isso, podia escrever música enquanto jogava bilhar ou conversava numa mesa de bar barulhento. Dizia sempre que o ouvido interno era o mais importante.
Foi para a Europa e lá foi questionado sobre o que iria aprender. De imediato, respondeu que foi mostrar sua música e não aprender.
Perguntado se sofria influências dos compositores que se encontravam também em Paris, respondeu que ao sentir alguma possibilidade de influência, se sacudia todo para não ser influenciado.
Villa lutou muito para dar ao seu país uma linguagem musical original e criativa. Partiu da estética europeia (Bach era seu grande norte musical) e foi acrescentando timbres, cores, melodias, ritmos, etc. que o consagraram como o grande compositor Brasileiro. Não foi o pioneiro em adotar ritmos brasileiros na música erudita, mas foi quem melhor o fez.
Ainda hoje, escutar as Bachianas Brasileiras e sua série de Choros Brasileiros nos emociona e encanta.
A relação do Brasil com nosso maior mestre é ainda muito frouxa e inconsistente. Ele merece muito mais.
Com a volta do ensino de música nas escolas a partir desse ano, esperamos que sejam reaproveitados os vários materiais didáticos elaborados por Villa.
Cabe ressaltar que no seu tempo, Villa foi um dos poucos compositores que escreveu álbuns de peças de piano para crianças, a quem tanto amava. Casado por 2 vezes, não teve filhos, mas deixou várias criações que ao longo dos anos vem amadurecendo e cada vez mais surpreendendo o mundo musical devido à sua orquestração ousada e criativa.
Após sua morte Villa foi considerado por Messiaen, o grande mestre Francês, como um dos maiores orquestradores da História da Música.
Parabéns ao Villa por sua vida, por sua música, e por sua ousadia em criar para nós Brasileiros, um conjunto de peças musicais tão grandiosas, tão nossas.
Samir Rahme